segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Barthô, Kako & Checha


Falar dos meus cachorros é muito fácil. Os três me dão muita alegria e são o motivo de eu estar sempre de bem com a vida, mesmo quando tenho problemas.
Ganhei o Barthô de presente, quando fiz 30 anos. Foi o melhor presente que ganhei em toda minha vida. Ele tinha 2 meses e logo se tornou a sensação da família e da vizinhança. Depois de crescido, quando eu já passeava com ele pelo bairro, todos conheciam e cumprimentavam o Barthô, mas meu nome, ninguém sabia. Ficou famoso na cidade e apareceu no jornal duas vezes. Mimei o gordinho e chamava ele de príncipe.... logicamente que como todo o basset, ele assumiu (e gostou!) o papel direitinho e se tornou um terrível comedor de pão, celulares, controles remotos, roupas íntimas, lixo e papel higiênico sujo.
O sonho de ter um basset calmo, amigo e carinhoso tinha ido por água abaixo! O gordo se tornou um cachorro super ativo e mimado a ponto de reclamar quando eu paro de fazer cafuné nele, gemendo e me dando pequenos chutes.
Além de dormir em cima da janela da sala, mastigar e arrancar a antena de um celular que eu tinha, o gordo já engoliu uma caixa de creme de leite e ficou com ela 2 dias na pança; já comeu bombril com sapólio, um saco de cocô humano que trouxe uma bela infecção intestinal e uma série de outras coisas mais normais, como 4 sacos de pão de sanduíche em um mês, mamão e maracujás inteiros... Se for contar todas as histórias dele, fico dois dias escrevendo.
Mas graças a ele, conheci pessoas maravilhosas que hoje fazem parte da minha vida.
Depois de 1 ano e meio de vida dele, em 2005, fui morar em uma casa com um pátio bem grande. A qualidade de vida dele mudou em 100%. Agora ele podia brincar e correr o dia inteiro ao ar livre.
Logo depois que me mudei, adotei o Kako, meu vira-lata. Encontrei ele em uma pet shop onde eu levava o Barthô pra brincar com uma amiguinha. No dia em que cheguei lá, o Kako tinha recém chegado na pet e pulou no meu colo. Mas não fiquei com ele, porque ele tinha uma “bola” na barriga que suspeitávamos ser câncer. Fui embora para casa e passei o final de semana inteiro pensando nele. Quinze dias depois, voltei à pet e o Kako estava lá, tinha sido castrado e operado (a bolinha na barriga era só um cisto) e estava novinho em folha para ser adotado. Então, levei ele para casa para fazer companhia ao Barthô. Os primeiros 15 dias foram terríveis, eu estava quase desistindo. Até que liguei para o veterinário e ele disse: “Espera fechar um mês, se eles se derem bem até lá, serão grandes amigos.” E foi o que aconteceu. O Kako é meio estressadinho e corre atrás do rabo, mordendo as pernas traseiras quando fica irritado. Estes dias, ele se mordeu tanto, que parecia que tinha sido atacado por um cachorro muito violento. Tive que tratar das perninhas dele por 2 semanas, com muito cuidado e carinho. Mas isso não me importa. Ele é muito carinhoso, agradecido e fiel... Só não curte muito o último amigo dele, o Saddam , porque tem que dividir o Barthô com ele.
O Saddam é um boxer, de +/- 1 ano e meio que eu adotei em dezembro do ano passado. Ele apareceu um sábado de noite lá em casa, parecia perdido. Coloquei ele pra dentro de casa e cuidei dele por 4 dias, até que suas donas vieram buscar ele. Soube que ele tinha sido abandonado ainda bebezinho na frente de um supermercado da cidade e uma advogada adotou ele. Só que ela não deixava ele conviver com a família e nem brincar com os outros cachorros, até que doou ele para a mãe das meninas. Tive que entregar o meninão pras novas donas, mas fiquei com o coração na mão. Uma semana depois fui visitar ele e ele estava muito doente, muito magro, infestado de bicheiras e mal conseguia caminhar. Me viu e com muito esforço veio correndo me encontrar. Chamei a veterinária da cidade para tratá-lo, mas 4 dias depois, ele fugiu novamente até a minha casa e não devolvi mais. Apelidei ele de Checha, por causa das grandes bochechas que ele tem. Quando chegou lá em casa, ficava deitado triste num canto e não interagia com ninguém. Hoje é um bebezão, brincalhão, ciumento e deixa o Barthô e o Kako quase loucos. Não consigo chegar em casa e ficar com a roupa limpa. O Checha pula e deixa várias patinhas embarradas registradas na minha roupa. É um desespero... Mas amo eles... É lindo ver o três dormindo juntos, um com a fuça enfiada na bunda do outro, embaixo do edredon colorido que eles têm.

Barthô dormindo na janela da sala






Checha se deliciando com um ossos que ele ganhou de presente da Tia Ana








Barthô e Kako, amigos inseparáveis, com uniforme do Inter, by Karen Winterle






Os 3 dormindo juntos...O Kako está com a fuça enviada no meio da buzanfa dos outros dois







Amigas queridas que moram no meu coração. Sou a da esquerda de bege.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A adoção do Wilson





Falar sobre o Wilson não é fácil, tampouco simples, mas vou tentar resumir ao máximo.
Tudo começou em Julho de 2006, quando eu vasculhava os sites de adoção à procura de uma companhia para o Totó, meu podlelata, também adotado, procurava uma cadelinha de porte pequeno, mas olhando os anúncios de adoção de um determinado site, me deparei com dois basset hound para adoção, um, muito bonito que havia sido encontrado na rua e estava para adoção, outro, muito magro, triste e que tinha 10 dias para achar um dono caso contrário seria sacrificado no Centro de Controle de Zoonoses, famoso CCZ.

Sempre adorei bassets e sempre sonhava em ter um, bom, ali estava a minha oportunidade, porém, qual escolher? antes de tudo pesquisei na internet sobre o padrão da raça, comportamento, a adaptação em apartamento, quanto à isso, tudo me pareceu simples, cão de temperamento dócil...não seria difícil.
De cara,me decidi pelo basset que estava no CCZ, liguei para a moça de contato, porém achava que ele já tinha sido doado, mas não, isso foi no final da tarde de uma sexta feira, combinei de na segunda bem cedo ir lá no canil busca- lo, fiquei o fim de semana inteiro pensando mil coisas, entre elas, o nome: Elvis, Tobias.....até que no domingo à tarde estava passando na Tv o filme náufrago,minha dúvida tinha acabado, pois o Thiago sugeriu que se chamasse Wilson, ou melhor, Wilsooooooonnnnnn!!
Na segunda feira, bem cedo nos encontramos com a moça do contato e fomos até o Canil Municipal de Canoas, chegando lá, entre muitos cachorros aprisionados, magros e famintos estava o Wilson, tão amedrontado e faminto quanto qualquer um daqueles pobres cães, quando ele saiu da jaulinha, me assustei com o tamanho e agressividade, não imaginei que fosse tão grande e tão estressadinho, pensei por 2 segundos se daria certo, mas enquanto eu pensava, o Thiago já estava assinando os papéis da adoção.
Ouvi duas versões parecidas sobre como o Wilson foi parar no Canil para ser sacrificado, uma é de que ele vivia com uma família, que tinha uma criança, um dia ele estava comendo e a criança colocou a mão na comida e ele abocanhou a mão da criança, diante disso, os pais chamaram o CCZ e mandaram levá-lo.
Outra versão é de que ele era um cão que vagava pelas ruas de Canoas, um dia, havia crianças jogando bola, por algum motivo, ele mordeu a bola e a criança junto, os vizinhos então, chamaram o CCZ, qual dessas histórias é verdadeira, eu não sei, só sei que até hoje ele tem traumas com guia, bola, crianças e estranhos, fico imaginado o que ele deve ter sofrido nas ruas, ao ser pego pelo CCZ e ao ficar no CCZ, e chego à conclusão de que é tudo muito injusto, os animais serem aprisionados e terem somente 7 dias para viver ou morrer, no caso do Wilson foram 10 dias, e nós, fomos no último dia, só de pensar que se não tivéssemos ido lá buscá-lo, no fim daquele 31/7/06 ele seria sacrificado, um ser inocente.. que não pediu pra nascer, sei que muitas pessoas foram até o canil para adotá-lo, mas desistiram ao conhecê-lo pessoalmente, provavelmente se desiludiram com a aparência e temperamento.
A rebeldia do Wilson já começou no carro antes de vir para a nova vida, ele se instalou no banco do motorista e não queria mais sair, qualquer movimento nosso pra tentar passá-lo para o banco traseiro ele rosnava e ameaçava morder, isso ainda no pátio do canil, ou seja, mais um motivo pra desistir, ainda havia tempo, mas a palavra desistir não existe pra nós, e depois, tudo foi resolvido com a ajudinha do tratador do Canil, que ‘carinhosamente” o arrastou para o banco traseiro.
A vinda dele para Porto Alegre foi tranqüila, ele não latiu, só estava apavorado e muito, mas muito fedorento, ao chegar em POA, ele desceu correndo do carro e foi dar uma voltinha, fazer as necessidades ao ar livre, sentindo o ventinho e o gosto da liberdade.
Depois de uma geral no pet, ele conheceu a nova casa, ou melhor, o novo apto,e o novo maninho, o primeiro encontro com o Totó foi traumático, os dois se pegaram numa briga feia, e assim foi durante quase um ano, até que um dia, criei coragem e larguei os dois juntos, daí pra frente, para minha grande surpresa, nunca mais se separaram, agora são grandes amigos, ou melhor, são unha e pata!
A palavra chave para lidar com o Wilson é paciência, muita paciência, pois graças aos maus tratos que sofreu anteriormente,hoje ele é um cão rebelde e dominador, principalmente em público, mas isso compensa pelo cão amável, querido e doce que é em casa, amabilidade essa conquistada com muito esforço e dedicação, pois tanto eu, quanto o Thiago, ainda temos no braço a marquinha da mordida que ele nos deu.
Mesmo diante de tanta rebeldia, nunca, em nenhum momento, nos passou pela cabeça em doá-lo, ou abandoná-lo..como muitos fazem, afinal, se tomasse uma atitude dessas, só iria aumentar o trauma, e não iria resolver nada, apenas o problema passaria adiante.
Atualmente ele é um cão mais tranquilo, ainda um pouco desconfiado, mas pouco lembra aquele cão furioso que adotamos em julho/2006, durante esse tempo, e até hoje, ainda recebo críticas, por ele ser um pouco estressadinho, ..mas não dou a mínima.. pois quem critica, não sabe o que é a troca de amor entre humanos e animais.
Posso dizer com todas as letras, que o Wilson mudou a minha vida, em tudo, me ensinou à ter mais paciência e responsabilidade, não que antes eu não tivesse, mas agora é tudo em dobro, fora as pessoas maravilhosas e queridas que conheci graças à ele.
O Wilson não tem pedigree, não veio de nenhum Canil conceituado, porém, pra nós isso não tem a mínima importância, o que realmente importa é que hoje ele é um cachorro muito amado, bem cuidado e amoroso, e rezo pra que um dia, todos os cães de Canis Municipais e de rua, tenham o mesmo destino e direito que ele teve : À vida e ao amor verdadeiro.


Wilson no CCZ - Aguardando adoção, pesava 15 KG - Julho/2006


Wilson - depois da geral no Pet, poucas horas depois de adotado - 31/7/2006

Wilson em seu 1º encontro de Bassets na Redenção - Outubro/2007

Wilson Noel - Dez/2006



Wilson de férias em Imbé/Rs - Janeiro/2007


Wilson e Totó -Encontro na Redenção - Setembro/2007

Wilson e Déia - Outubro 2007



quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Encontro de 30 de Setembro de 2007

O encontro no Parque da Redenção estava ótimo, o dia estava lindo, e finalmente a chuva deu uma trégua!!!
Wilson, nosso "Cão do Tempo" fez as previsões, mas antes teve um plá com São Pedro para que desse tudo certo em mais uma campanha de ajuda, desta vez à Dona Fernanda, que acolhe em sua casa mais de 100 cães, todos muito bem cuidados, na cidade de Alvorada. Recebemos muitas doações de ração e medicamentos!
Muito bom rever os amigos e melhor ainda conhecer novos amigos! A turminha está aumentando!
Novamente, nosso muito obrigado aos que participaram do encontro e da campanha!

Leônidas, Uma Nova Vida!

Este relato foi escrito por Sizabeli, sobre a adoção do Leônidas, nosso querido e amado Leo, que foi resgatado por uma amiga, levado ao veterinário, hospedado em uma família por uma semana, até que encontrou uma nova família por intermédio do Orkut:
Adoção Do Rei Leônidas.

"Não sou muito boa com as palavras, mas vou tentar expressar ao máximo meus sentimentos quanto à adoção do Léo.
Bom, fiquei sabendo que havia um Basset em Porto Alegre precisando de um lar, de amor, de carinho...através de uma “aumiga” da Nina (Minha cadelinha Daschund), nunca pensei que um dia adotaria um animal pela internet, bom aí entrei em contato, através do Orkut, com a Karen, entre as conversas ela me mandou um e-mail com fotos do Léo, que até então não se chamava Léo e sim Amadeus.
Nossa quando vi as fotos, foi amor a primeira vista, aquela carinha dele, de cachorro pidão, ai queria ele na mesma hora se fosse possível, bom tudo se resolveu, e só precisava eu ir buscá-lo, moro em Santa Maria, na região central do Estado do RS, e não dirijo, pensei como irei buscá-lo??!!!
Mas quando já estava perdendo as esperanças, eis que fico sabendo que um vizinho estava vindo de PoA para Santa Maria, liguei para ele e no mesmo instante ele me disse que não haveria nenhum problema, que ele traria o Léo, meu sorriso foi de orelha a orelha!!!rsrs
No sábado pela manhã chegaram, quando vi ele descer do carro, com aquelas orelhas, lindas e aquela carinha, corri e lhe dei um abraço, queria pegar no colo, mas não deu...rsrs
Levei ele para casa, se adaptou rapidamente com a Nina. No seu primeiro dia em casa, já estavam correndo juntos, e conosco os humanos da casa. Parece até que ele nasceu aqui de tão amoroso que ele é, ele também nos adotou como pais dele, é uma satisfação ter ele junto de nós, um sonho realizado.
Uma curiosidade, o seu nome Leônidas, é devido a sua fisionomia de rei, desde que meu marido viu ele por fotos, disse que ele tinha cara de rei, daí então o nome Leônidas. "

Desejamos à família do Leônidas, Siza, Rodrigo e Nina, muita felicidade com a chegada deste novo integrante deste Lar, Doce Lar!!!

Link do Leônidas no Orkut:

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=15963069441198706688

Vídeo produzido pela família de Leônidas em 20/12/2007. Mostra todo o amor que ele está recebendo destas pessoas que o acolheram tão bem...:

http://www.youtube.com/watch?v=fyIXJDX8Xp4

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